ArqDrops 8 | Out/Nov 2025
Cinema - Cenografia, Decoração e Arquitetura
Como Arquitetos Conseguem Identificar Onde os Cenários Famosos de Filmes Estão Realmente Localizados (Architectural Digest)
Arquitetos como Liz Jahn conseguem identificar onde casas e edifícios de 12 cenários famosos de filmes estão realmente localizados com base em sua arquitetura. Jahn analisa o hotel de Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot), o resort de Dirty Dancing, a casa de Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice), a casa de A Proposta (The Proposal), o Hotel Overlook de O Iluminado (The Shining), a mansão de Scarface, a casa de Corra! (Get Out), a casa de Horror em Amityville (The Amityville Horror), a casa de Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off), a paisagem urbana de A Ilha (The Island), a plantação Tara de …E o Vento Levou (Gone With The Wind) e a mansão de Meninas Malvadas (Mean Girls).
INTERNACIONAL

Os edifícios de bambu que resistem a terremotos
Em abril de 2016, um terremoto de 7,8 graus atingiu o Equador e devastou Manta, especialmente o distrito comercial de Tarqui, onde o concreto rachou e ruas ficaram destruídas. A cidade foi reconstruída, mas um legado marcante permanece: diversas estruturas feitas de bambu.
Na área mais afetada, o mercado de peixe, o centro de informações turísticas, um restaurante e até um posto dos bombeiros foram erguidos com esse material. Além disso, centenas de casas tradicionais de bambu na cidade e na província de Manabí sobreviveram ao tremor.
Segundo Pablo Jácome Estrella, diretor regional da Inbar, todas essas construções já existiam antes do desastre — e permaneceram de pé. O bambu, usado há milênios na América do Sul, África e Ásia, só recentemente teve sua resistência sísmica reconhecida. Pesquisas mostram que suas propriedades naturais podem torná-lo superior até ao aço em situações de abalo.
Da Ásia ao Equador, novos projetos buscam aproveitar essa resiliência. No litoral equatoriano, a tradição inclui colher bambu em fases específicas da lua e preservá-lo no mar. Mesmo assim, seu valor estrutural nem sempre foi compreendido.
Nos anos 2000, um professor de arquitetura de Manta percebeu que o corpo de bombeiros evitava o material por considerá-lo altamente inflamável. Após se tornar voluntário, ele demonstrou que tratamentos adequados reduzem esse risco — e conseguiu convencer a corporação a construir um posto de bombeiros feito de bambu.
EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
ZAHA HADID ARCHITECTS DESENHA TORRE RESIDENCIAL DE 42 ANDARES NO DUBAI INSPIRADA NO ARTESANATO LOCAL
A Zaha Hadid Architects apresentou a Torre Sinfónica, um novo edifício residencial de 42 andares no Dubai, cuja estética deriva do artesanato tradicional do Emirado. A fachada entrelaçada, inspirada nas técnicas de bordado Al Sadu e Talli, cria um efeito visual que muda com a luz ao longo do dia.
Desenvolvida pela Imtiaz Developments, a torre contará com múltiplas varandas e terraços com áreas verdes e piscinas privativas. Os apartamentos terão amplas superfícies envidraçadas do chão ao teto e uma paleta de materiais suaves, permitindo interiores sóbrios e mobiliário de alta qualidade. Entre as comodidades comuns estarão academias, diversas piscinas e um clube.
O projeto destaca-se por uma abordagem sustentável: a torre receberá painéis solares, baterias para iluminação, sistema de reciclagem de águas cinzas, além do uso de aço reciclado, concreto de baixo carbono e métodos construtivos modulares para reduzir resíduos. A vegetação será composta por espécies locais resistentes à seca.
Mais discreta que outras obras icônicas do estúdio, como o Yidan Center e a Cityzen Tower, a Torre Sinfónica reforça a integração entre tecnologia, sustentabilidade e referências culturais do Oriente Médio.
DESIGN
Le Lis, fibras naturais e a valorização do feito à mão e o olhar brasileiro

A Le Lis lança uma curadoria de peças que conectam moda e decoração, todas produzidas com fibras naturais — materiais que expressam a essência da artesania e a sensibilidade do design brasileiro. Dos acessórios às tramas aplicadas em objetos para a casa, cada item evidencia o cuidado manual, o tempo dedicado e a delicadeza do processo criativo.
Com texturas orgânicas, paleta de tons neutros e um visual leve, os produtos celebram a beleza do feito no Brasil, transformando gestos artesanais em estética contemporânea.
À medida que o verão se aproxima, a coleção convida a viver a estação com naturalidade e estilo — seja na casa ou no vestir — reforçando o encanto de transformar o cotidiano em arte por meio do trabalho manual.
SUSTENTABILIDADE
CAU/BR leva pauta urbana à COP30 e reforça papel das cidades na crise climática
Em entrevista ao Perspectiva CAU, Carla Tames, coordenadora da CPUA do CAU/BR, apresentou o trabalho da comissão na COP30, realizada em Belém. A equipe levou contribuições sobre urbanização, clima e desigualdades territoriais, participando de debates oficiais e paralelos.
O CAU/BR divulgou dados sobre assistência técnica, lançou o livro “CAU na COP30 – Contribuições da Arquitetura e Urbanismo para uma Transformação Ecológica de Desenvolvimento” e apresentou o Observatório ATHIS. Segundo Tames, as discussões confirmaram que a crise climática é também uma crise urbana, concentrada nos territórios mais vulneráveis.
A presença na conferência destacou ainda a baixa visibilidade das cidades brasileiras — sobretudo na Amazônia Legal — no debate global. Para a CPUA, inserir esses temas na COP30 foi essencial para mostrar que a adaptação climática depende de planejamento urbano e de políticas que enfrentem desigualdades regionais.
Confira trechos da entrevista nesse Link:
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CAU/MS
CAU/MS divulga resultado do 1º Concurso de Fotografia
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (CAU/MS) anunciou o resultado do 1º Concurso de Fotografia de Patrimônio Histórico e Cultural, promovido pela Câmara Temática de Patrimônio. A iniciativa buscou estimular a sociedade a registrar imagens que valorizem a memória cultural do Estado. Ao todo, 56 participantes enviaram mais de 200 fotos.
Segundo a conselheira e idealizadora do concurso, Lauzie Xavier, o objetivo de despertar um novo olhar sobre o patrimônio local e criar um banco institucional de imagens foi alcançado.
O concurso considerou registros do patrimônio histórico e cultural sul-mato-grossense, incluindo bens materiais (como edifícios, monumentos e sítios arqueológicos), manifestações imateriais (festas, saberes e gastronomia) e paisagens culturais que refletem as relações entre comunidades e seu ambiente.
MERCADO
Atelier de arquitetura cria metodologia que aumenta em 50% o valor de projetos imobiliários

O atelier Segmento Urbano desenvolveu a metodologia Land Staging, que integra várias disciplinas para transformar terrenos em ativos imobiliários de maior valor. Registrado em Portugal, Europa e EUA, o método já mostrou resultados expressivos em Avintes e Famalicão. Em Avintes, Vila Nova de Gaia, o escritório reorganizou a implantação, otimizou áreas úteis e criou um conceito arquitetônico diferenciado, resultando em valorização de 50% do projeto Avintes Valley Living, explica Maria João Correia, fundadora do atelier. O terreno tinha um enquadramento urbanístico difícil, mas o Land Staging permitiu reposicioná-lo e definir uma proposta contemporânea alinhada à topografia.
Em Famalicão, o atelier transformou um lote sem identidade no projeto Roots & Wings, alcançando valorização superior a 15%. Para a equipa, o processo demonstrou que a arquitetura pode ser o motor do valor económico quando aplicada desde a fase inicial. Correia destaca que os ganhos decorrem de decisões estratégicas antes do investimento, como redesenho de tipologias, otimização de áreas e clarificação do potencial construtivo — fatores que reduzem incertezas e aumentam a confiança de investidores. A metodologia também guiou a transformação de um lote pouco atrativo em Viana do Castelo em duas moradias unifamiliares, e está sendo aplicada no estudo de um terreno de 1.500 m² na Madeira.
CONGRESSOS
UFPel - Especialistas internacionais e congresso sobre edificações de alta eficiência energética
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizará em 2 de dezembro o 5º Congresso Internacional Passive House Brasil 2025, único evento brasileiro dedicado exclusivamente ao padrão alemão de alta eficiência energética. Gratuito e majoritariamente on-line, o encontro discutirá a aplicação da norma Passive House em diferentes climas, incluindo o brasileiro. Um pequeno grupo acompanhará presencialmente no auditório do Cehus.
Organizado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FaUrb) e pelo Prograu, o congresso busca difundir princípios que garantem conforto térmico com baixo consumo energético, como isolamento, vedação e ventilação controlada.
A programação inicia às 8h30 com introdução aos conceitos Passive House. Em seguida, Eduardo Grala da Cunha fala sobre experiências no Sul do Brasil. Às 9h05, Orient Sundar, especialista chinês em esquadrias, apresenta soluções técnicas. Às 9h40, Susanne Theumer, do Passive House Institute, aborda a certificação EnerPHit em diferentes continentes.
Após intervalo às 10h10, o evento retorna às 10h30 com Juan Manuel Castagno (Espanha), que discutirá habitação de alta eficiência. Às 11h, Rodrigo Mainardes, da STO Brasil, apresenta o sistema EIFS, técnica que aprimora o desempenho térmico da envoltória das edificações.
ENERGIA LIMPA
Arquitetos chilenos questionam “rumo político” de centrais solares
O ciclo Campo Aberto, promovido por Eduardo Corales, reuniu na Galeria Antecâmara, em Lisboa, os arquitetos chilenos Alejandra Celedón e Pedro Alonso para discutir arquitetura, infraestruturas energéticas e território. Entre os temas abordados estiveram as centrais fotovoltaicas Sophia e Beira, criticadas por figuras públicas, como a pianista Maria João Pires, que as qualificou como “ecocídio” e “retrocesso”.
Corales destaca que o problema não está na tecnologia, mas na forma como esses megaprojetos são implementados: “Muitas infraestruturas renováveis transitam rapidamente de energia verde para uma cor muito mais escura, porque ignoram o território, o solo e as comunidades”. Ele compara o momento atual à construção de barragens em Portugal no Estado Novo, período que estudou no doutoramento, quando a prioridade era eficiência e produção industrial, muitas vezes em detrimento de critérios ecológicos e sociais.
Segundo o arquiteto, a arquitetura deve ocupar um papel ativo nesses debates, já que se repete um ciclo de impactos territoriais semelhante ao ocorrido há 50 anos — não por falha da tecnologia em si, mas pelo modelo industrial e político que a sustenta.
NEGÓCIOS
2º Prêmio Roberto Burle Marx de Arquitetura da Paisagem - ABAP

A Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP) abriu inscrições para o 2º Prêmio ABAP Roberto Burle Marx, que reconhece projetos, obras construídas e práticas de planejamento em Arquitetura da Paisagem. A iniciativa valoriza a produção contemporânea e destaca o papel do paisagismo diante de desafios como perda de biomas, homogeneização de espaços livres e desigualdades socioambientais.
O prêmio recebe inscrições de 17 de novembro de 2025 a 23 de fevereiro de 2026, em três modalidades — Projeto, Obra Construída e Planejamento da Paisagem — abrangendo categorias que vão do residencial ao espaço público, incluindo preservação histórica. Podem participar arquitetos e urbanistas brasileiros.
O resultado será divulgado durante o 8º Congresso Internacional de Arquitetura da Paisagem (CIAP), de 27 a 29 de maio de 2026, no Rio de Janeiro. O presidente da ABAP, Alessandro Filla Rosaneli, detalhou ao Perspectiva CAU os objetivos do prêmio, o impacto esperado para o setor e a relevância do legado de Burle Marx na agenda urbana e ambiental do país.
No Link abaixo matéria na íntegra e entrevista com Alessandro Filla Rosaneli, presidente da ABAP - Perspectiva CAU
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